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Aprender Matemática - Programa de Formação Contínua em Matemática para Professores dos 1.º e 2.º Ciclos
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Documentos Orientadores > Programa Nacional para o 1.º ciclo > 1.º Ciclo, 1.º Ano

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1.º Ciclo, 1.º Ano

Este Programa de Formação que se iniciou em 2005/2006 é um programa à escala nacional, a ser desenvolvido em todos os distritos portugueses, orientado por um conjunto de princípios, objectivos, conteúdos e estratégias de acção gerais elaborados pela Comissão de Acompanhamento do Programa.

Trata-se de um programa de formação acreditado pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua, na modalidade de Oficina, cuja avaliação se rege pela circular do CCPFC 3/2007. O programa é financiado pelo quadro de Referência Estratégico Nacional QREN.

Pressupostos do Programa

1. Valorização do desenvolvimento profissional do professor. O professor possui um conhecimento profissional específico, multifacetado, que desenvolve continuadamente ao longo do tempo, em diálogo com as experiências diversas que vai vivendo, nomeadamente no contexto concreto das escolas em que lecciona e com as turmas que vai encontrando. Esse conhecimento é portanto dinâmico, está em constante evolução, na procura de resposta às novas situações com que o professor se depara, requerendo actualização e aprofundamento permanente e sustentado, o que pressupõe o desenvolvimento de uma atitude e predisposição positiva para o investimento profissional.

2. Valorização de uma formação matemática de qualidade para o professor. O professor do 1º ciclo é também um professor de Matemática, cabendo-lhe proporcionar aos seus alunos experiências de aprendizagem neste domínio. Para tal, é imprescindível que o professor possua um conhecimento matemático de qualidade, articulado com o conhecimento curricular e didáctico específico, bem como um conhecimento sobre os processos de aprendizagem dos alunos, sendo capaz de identificar e reconhecer as dificuldades dos alunos, respectivas origens, e de aproveitar o erro como fonte de aprendizagem.

3. Valorização do desenvolvimento curricular em Matemática . Ensinar Matemática requer a capacidade de analisar e interpretar o actual currículo e de perspectivar e levar à prática estratégias para a sua concretização, em função das características dos alunos a ensinar. Ensinar Matemática é um grande desafio que inclui proporcionar aos alunos experiências matemáticas significativas. Para tal, é essencial o investimento intencional numa preparação/planificação e leccionação cuidadas, orientada por uma visão integrada das várias componentes curriculares (objectivos, conteúdos, tarefas, métodos de trabalho e avaliação), que contemple a reflexão sobre as implicações nas aprendizagens - ou seja, uma prática continuada de desenvolvimento curricular.

4. Reconhecimento das práticas lectivas dos professores como ponto de partida da formação. O conhecimento profissional do professor, em particular o seu conhecimento didáctico matemático - conhecimento directamente evocado para a preparação, condução e avaliação de situações de ensino/aprendizagem da Matemática - desenvolve-se essencialmente através da reflexão antes da acção, durante a acção e pós-acção sobre as situações concretas e reais de ensino, que permitam analisar e identificar os factores de sucesso, bem como a origem das dificuldades encontradas, tendo em conta as intenções e objectivos com que a acção educativa foi planificada.

5. Consideração das necessidades concretas dos professores relativamente às suas práticas curriculares em Matemática. É importante que cada professor conheça as suas potencialidades e fragilidades, e seja capaz de diagnosticar as suas prioridades no domínio da formação. Uma mais completa tomada de consciência pode ser auxiliada pelo diálogo com os colegas, com os formadores e com o recurso a instrumentos específicos. Isto significa que a formação deve procurar ir ao encontro dos interesses que o professor revela de forma responsável, contemplando um espaço de negociação dos principais focos de incidência ao longo do processo de formação.

6. Valorização do trabalho colaborativo entre diferentes actores. A dimensão colectiva do trabalho dos professores é extremamente importante pelas mais valias que permite obter. A colaboração entre diferentes actores (professores da escola e formadores) para a preparação e condução de experiências de desenvolvimento curricular permite capitalizar energias, proporcionar apoio acrescido, multiplicar perspectivas, enriquecer a reflexão. Além disso, o grupo colaborativo funciona como um fórum estimulante e gratificante de reconhecimento do trabalho desenvolvido.

7. Valorização de dinâmicas curriculares contínuas centradas na Matemática. A Matemática é uma área que necessita de investimento continuado por parte dos professores, procurando contrariar a possibilidade de que, no 1º ciclo, possa ser subvalorizada em relação a outras matérias em estudo. Para tal, é importante que nas escolas/agrupamentos do 1º ciclo exista pelo menos um professor dinamizador da área da Matemática que se responsabilize pela promoção de actividades curriculares específicas e coordene a sua realização, nomeadamente projectos, de forma a estimular os colegas a um investimento continuado e sustentado nesta área.

Objectivos gerais

1. Promover um aprofundamento do conhecimento matemático, didáctico e curricular dos professores do 1º ciclo envolvidos, tendo em conta as actuais orientações curriculares neste domínio.

2. Favorecer a realização de experiências de desenvolvimento curricular em Matemática que contemplem a planificação de aulas, a sua condução e reflexão por parte dos professores envolvidos, apoiados pelos seus pares e formadores.

3. Desenvolver uma atitude positiva dos professores relativamente à Matemática promovendo a autoconfiança nas suas capacidades como professores de Matemática, que inclua a criação de expectativas elevadas acerca do que os seus alunos podem aprender em Matemática.

4. Criar dinâmicas de trabalho em colaboração entre os professores de 1º ciclo com vista a um investimento continuado no ensino da Matemática ao nível do grupo de professores da escola/agrupamento, com a identificação de um professor dinamizador da Matemática que promova um desenvolvimento curricular nesta área.

5. Promover o trabalho em rede entre escolas e agrupamentos em articulação com as instituições de formação inicial de professores.

Linhas orientadoras

As actividades de formação serão concebidas de modo a interligar a vertente do saber matemático e a vertente do saber didáctico e pedagógico.

Partir das práticas dos professores significa ter em conta a experiência profissional dos professores, proporcionando espaços de experimentação e reflexão conjunta de modo a que se possa reflectir sobre as práticas e partir delas para o desenvolvimento de um saber sustentado, que entre em linha de conta com as características dos alunos a quem se dirige.

Pretende-se que o programa de formação vá ao encontro das necessidades dos professores nele envolvidos, contemplando espaços de negociação dos principais focos de incidência, incentivando o trabalho em grupo onde se partilhem ideias e experiências, elaborem materiais e discutam ideias. Assim, propõe-se que a formação parta das questões curriculares, ao nível da concretização do currículo na sala de aula, nomeadamente realizando planificações conjuntas nas sessões de trabalho colectivo, que depois são experimentadas na sala de aula e a sua análise feita, quer pelo professor de forma autónoma, quer de novo no âmbito do grupo de formação, de modo a identificar causas de sucesso e insucesso das experiências levadas a cabo com os alunos. Os episódios de aula registados durante a observação de aulas constituem o contexto ideal para a reflexão conjunta sobre as múltiplas decisões que os professores têm de tomar ao longo da aula.

No processo de formação, o formador surge como um dos intervenientes, colaborando nas planificações, participando na dinâmica de sala de aula, de modo que a reflexão posterior sobre as experiências realizadas com os alunos, seja feita com uma maior profundidade, ajudando a perceber aquilo que resultou, o que deve ser evitado, o que é necessário desenvolver, etc. Nesta perspectiva, o formador tem o papel de um parceiro que questiona com um outro olhar as práticas, ajuda a preparar materiais, propõe novas abordagens num ambiente de colaboração.

Organização

É indispensável que a formação tenha um carácter continuado ao longo do ano lectivo, devendo garantir:

•  A realização de 15 sessões conjuntas de 3h cada, nas escolas/agrupamentos, para cada grupo de professores, em horário não lectivo, para planificação e reflexão de actividades curriculares matemáticas associadas à prática lectiva que se considerem interessantes e adequadas no grupo. Estas sessões terão uma periodicidade aproximadamente quinzenal, segundo calendário definido para cada grupo.

•  A realização de sessões de acompanhamento de cada um dos professores do grupo em sala de aula, na qual o formador acompanha o professor em aulas correspondentes à condução das actividades matemáticas que concretizam a planificação trabalhada nas sessões conjuntas e respectiva discussão. O número de sessões de acompanhamento poderá variar de professor para professor, mas o número mínimo de sessões de acompanhamento por professor é de 4, estimando-se que cada uma dure cerca de 2,5h.

A forma de organização prevista é que o formador passe quinzenalmente um dia numa determinada escola ou escolas próximas, trabalhando com dois professores do grupo ao nível da sala de aula, durante o horário lectivo, e reuna com todo o grupo completo de formação numa sessão de trabalho colectivo de 3 horas para planificação e reflexão após o horário lectivo.

Está ainda prevista a realização de um seminário de reflexão final a realizar em Julho, para partilha e troca de experiências entre diferentes grupos de formação, que poderá ser aberto a todos os professores do 1º ciclo do distrito.

Avaliação dos formandos

A avaliação dos formandos será realizada tendo em conta a sua participação nas actividades de formação e a qualidade do portefólio que cada um realizará.

Pretende-se que os participantes no programa de formação elaborem um portefólio que reflicta, de forma completa e fundamentada, as aprendizagens por si realizadas ao longo da formação.

A realização do portefólio é um processo continuado ao longo do ano, que será acompanhado pela formadora. Será também entregue aos professores no início do ano um guião de apoio à realização do portefólio.

Conteúdos

Os conteúdos deste programa de formação visam o desenvolvimento do conhecimento matemático, didáctico e curricular do professor, tendo como documentos de referência o Programa oficial do 1.º ciclo, o Currículo Nacional do Ensino Básico e a nova proposta de Reajustamento dos Programas de Matemática do Ensino Básico . Incidem sobre quatro áreas essenciais: (1) temas matemáticos e capacidades transversais; (2) natureza das tarefas para a sala de aula; (3) recursos para a aprendizagem da Matemática; (4) cultura de sala de aula e avaliação.

Uma vez que se pretende que a formação vá ao encontro das necessidades e interesses de cada grupo de formação, os conteúdos específicos serão definidos após a auscultação dos professores envolvidos e em função do trabalho que vá sendo realizado ao longo do ano.

 

 

Alguns documentos estão em formato PDF. Para os ler terá de instalar o ACROBAT READER.
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